Você está se preocupando com as coisas certas na sua empresa?
- Rafael P Fernandez
- 10 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de dez. de 2024

Perto da minha casa há um parque com uma longa pista inclinada, adorada pelos skatistas. Nesta semana, voltando de uma caminhada em um dia nublado, um deles me chamou a atenção: descendo em alta velocidade, com um guarda-chuva fechado na mão, camiseta, chinelos e sem nenhum equipamento de proteção. Para ele, experiente na ladeira, a principal preocupação era a chuva iminente. "Se houver um algoritmo aqui é… vou me proteger do que não controlo". Uma lógica evolutiva de economia de energia, priorizando a ameaça percebida. Só há um problema: nossos ancestrais não desciam ladeiras de asfalto a 40 km/h. Como diz o ditado popular, "Só se afoga quem sabe nadar", ilustrando o perigo do excesso de confiança.
Essa analogia reflete um comportamento comum em PMEs, especialmente com gestores experientes: a síndrome do super-herói. O "deixa comigo" funciona bem por um tempo, até que a empresa cresce e a complexidade aumenta. Aumentando a demanda, a velocidade e a instabilidade, como nosso skatista com mais pessoas na pista, em um clima imprevisível e com a pressão por performance. Nos negócios, isso se traduz em falta de caixa, atrasos nas entregas, queda na qualidade dos serviços e problemas com clientes.
Como sair dessa situação? O primeiro passo, como bem define Peter Drucker, é "aceitar que o que funcionou ontem pode não funcionar amanhã". Sem essa aceitação, a mudança não acontece. Reconhecido o limite, o empresário tem quatro caminhos:
Reduzir a demanda: Priorizar a lucratividade sobre o volume, recusando pedidos que comprometam a qualidade ou a capacidade de entrega.
Otimizar processos e ferramentas: Implementar metodologias ágeis e ferramentas de gestão para maximizar a eficiência dos recursos existentes. Como destaca o Manifesto Ágil (2001), "Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas".
Focar no que importa: Eliminar desperdícios, priorizar atividades estratégicas e alinhar os esforços da equipe aos objetivos de negócio da empresa. Em "Execução" (Bossidy & Charan, 2002), a importância do foco na execução da estratégia é destacada como crucial para o sucesso.
Desenvolver competências: Investir em treinamentos e mentoria para aprimorar as habilidades da equipe e da liderança. A mentoria estratégica, em particular, oferece uma abordagem personalizada e focada nos desafios específicos da PME, alinhando o desenvolvimento individual aos objetivos do negócio, como apontado por Johnson & Scholes em "Direcionamento Estratégico" (2002).
Você está se preocupando com as coisas certas na sua empresa?
Assim como o skatista precisa adaptar sua abordagem ao enfrentar novos desafios, as PMEs devem evoluir suas práticas de gestão para acompanhar o crescimento. A mentoria estratégica, com sua visão externa e foco em resultados, oferece o suporte necessário para que a empresa supere suas limitações e alcance novos patamares de sucesso.
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Referências:
Beck, K., et al. (2001). Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software.
Bossidy, L., & Charan, R. (2002). Execução: A disciplina para atingir resultados.
Drucker, P. (1967). O Gerente Eficaz.
Johnson, G., Scholes, K., & Whittington, R. (2002). Direcionamento estratégico.
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